As possibilidades de uso da análise de dados são infinitas. Talvez você nem sequer imagine algumas das aplicações deles e seu impacto para o dia-a-dia. A banda Metallica, por exemplo, utiliza os dados para descobrir qual a melhor setlist em cada cidade ao longo de suas turnês.
O co-fundador do Spotify, Daniel Ek, deu uma declaração anteriormente em que comentava isso. Segundo Ek, a banda de rock altera as músicas que serão tocadas em um show com base nos dados fornecidos pelo Spotify, que indica as faixas mais populares naquele local. “Nunca estivemos em um momento em que você pudesse tomar tantas decisões com base em informações e entender seu público tão bem quanto podemos fazer agora como artistas”, disse Ek.

Reprodução: Simon Weisser/Unsplash
Análise de dados manual
Mesmo antes do lançamento do Spotify em 2008, a banda já se baseava na análise de dados para construir a melhor experiência possível. Desde 2003, o baterista e co-fundador do Metallica, Lars Ulrich, é responsável por analisar quais as músicas mais tocadas na rádio de uma região. Além disso, ele examina a última década de shows toda vez que a banda retorna a alguma cidade para variar músicas da apresentação. Desde então, a banda não repetiu nenhuma setlist.
“Obviamente, há certas músicas que temos que tocar, mas há os deeper cuts [músicas menos conhecidas], e os deeper cuts sempre tento variar… não toco o mesmo setlist duas vezes e tento tocar músicas diferentes para qualquer cidade em que estamos dependendo do que tocamos da última vez”, disse Ulrich em entrevista ao site Quartz.

Reprodução: Marcela Laskoski/Unsplash
Uso de dados na música
Além da utilidade para cantores e bandas construírem seus shows, os dados podem auxiliar em diversas análises sobre a indústria musical. O projeto Data + Music, da empresa de software americana Tableau, oferece diferentes visualizações de dados sobre o mercado.
Um dos conjuntos de dados explora as características de sucessos do Spotify para tentar analisar o que os faz tão populares. O gráfico interativo examina pontos como “Dançabilidade” (Danceability), “Agitação” (Loudness) e “Público ao vivo” (Liveness). A base utiliza as músicas mais populares na plataforma de música no ano de 2017.
As músicas menos “dançantes” analisadas, por exemplo, foram “Dusk Till Dawn”, do cantor Zayn, e “How Far I’ll Go”, de Alessia Cara e presente na trilha sonora do filme Moana. Ambas as faixas pontuaram somente 0,3 em uma escala que vai até 2. Empatadas em primeiro lugar com 0,9 na categoria “Dançabilidade” estão canções como “Chantaje”, de Shakira, “Feels”, de Calvin Harris e “Humble”, de Kendrick Lamar.

Reprodução: Tableau
Mesmo se você não for da área da música, já sabe que todo negócio pode ser aprimorado utilizando os dados certos. E se você já investe na coleta de dados mas tem dúvidas a respeito das etapas e estratégias necessárias para a análise, a Data Driven Organization preparou um e-book gratuito perfeito para você. Acesse o link aqui e faça download!